css'/> Livro Plantado: As Relações Perigosas

As Relações Perigosas

12 de novembro de 2016


Autor: Choderlos de Laclos
Editora: Penguin e Companhia das Letras
Páginas: 480
ISBN: 9788563560506
Onde encontrar: Amazon


Durante alguns meses, um grupo peculiar da nobreza francesa troca cartas secretamente. No centro da intriga está o libertino visconde de Valmont, que tenta conquistar a presidenta de Tourvel, e a dissimulada marquesa de Merteuil, suposta confidente da jovem Cécile, a quem ela tenta corromper.



   Não assisti nenhuma adaptação da obra para o cinema ou televisão, o interesse pela obra surgiu quando estudava o Neoclassicismo e esse livro corresponde à essa escola literária e uma de suas características é a valorização dos prazeres, o que o livro representa bem. 
   Como não gosto de romances mamão com açúcar, esse foi um que me deu uma curiosidade pelo seu impacto na sociedade pré-Revolução Francesa. Afinal, o que de tão alarmante esse livro teria para ser condenado à extinção? 
      É romance epistolar, ou seja, composto por cartas, e tem como principais remetente/destinatários a Marquesa de Merteuil, uma mulher sedutora, vingativa e de alta posição social e o Visconde de Valmont, conquistador, libertino e também representante da nobreza francesa. 
    O passa tempo dos dois era fazer jogos de sedução com pessoas improváveis, criar literalmente ligações perigosas. Conforme desenvolviam seus planos, trocavam cartas falando seus méritos e objetivos. No livro, existem dois planos principais.

"Os tolos estão neste mundo para nossos pequenos prazeres."

    O visconde tem como vítima a cristã e fiel Presidenta de Tourvel. Ela está hospedada na casa da tia do visconde, o que facilita seus planos de sedução e a coloca em uma luta interna por causa de seus preceitos religiosos. 
      A marquesa tenta corromper e usar Cécile Volange como um instrumento de vingança. A jovem, recém saída do convento, já estava com casamento arranjado com um homem mais velho, mas tinha uma paixão por Danceny, seu professor de harpa, que também a amava e lhe escrevia secretamente.
      Em um momento da história esses dois planos se convergem e já não sabemos bem está no controle da situação. Por ser em forma de cartas, a narrativa pode se tornar cansativa e lenta, mas conforme se desenvolve, criam-se laços entre os personagens, a história fica mais complexa e você fica curioso para saber em que pé os planos dos protagonistas vão parar. 
    Foi um livro que me surpreendeu, tanto pela conclusão da história, quanto pela escrita acessível, mesmo sendo uma obra escrita no século XVIII, não sei se isso se deve à tradução ou à forma que o autor escreve mesmo. 
     Outro fato interessante é a existência de um narrador, mesmo que pouco interferente, aparece como se tivesse contato com todas as cartas e estivesse mostrando-as para o público. Ele expressa suas opiniões como se a história fosse real, o que deixa a dúvida no ar.

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